Enquanto a mídia muda o foco da Copa do Mundo para a invasão sionista a faixa de gaza, os rostos vão ganhando formas menos festivas e mais sisudas que os gerados pelos festejos dos meses de Junho e Julho aqui no Brasil. Ao que parece a guerra distante se tornou um tipo de prefacio do livro jornalístico do ano de 2014 para o segundo semestre, uma forma de mudar de pauta e iniciar o tom sério que deverá tomar conta do País com a chegada da campanha eleitoral.
Só existem duas coisas capazes de unir uma sociedade em prol de um bem comum... Uma grande tragédia, ou, um inimigo. Atualmente nós vivemos um momento atípico, pois o que não faltam são tragédias menores, recorrentes do nosso dia-a-dia para serem combatidas, mas o foco, de alguma maneira, mudou-se quase que inteiramente para o exterior. Como que de forma a nos dizer "Olhem para lá, não para cá." E assim a vida segue, apontando nos problemas alheios os inimigos que, agradecidos, festejamos por não ter que combater.
Foi de forma parecida, empurrando a sujeira para debaixo do tapete, que na década de 60/70, matamos mais de 60 mil pessoas em um matadouro humano disfarçado de Manicômio. Poucos conhecem a historia do Hospital Colônia de Barbacena, que inaugurado em 1903 teve seu ápice de horror durante o período de ditadura militar, quando para lá eram enviados os desafetos políticos e perseguidos pelo regime.
Mas, não foram somente esses os casos de transferências e internações desnecessárias. Em uma época de austeridade familiar, gays, adolescentes grávidas, jovens tímidos e introspectivos também eram diagnosticados como doentes mentais sob o consentimento de suas famílias, optando assim, por empurrar o que seria a sujeira, para onde ninguém pudesse ver, para debaixo dos tapetes, ou melhor, para debaixo dos porões de Barbacena.
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